Uesc sedia etapa final da COP Mata Atlântica – Hileia Baiana

Evento é um marco na mobilização regional em defesa do bioma mais ameaçado do país

 

A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) recebe, nesta terça-feira, 14 de outubro de 2025, a etapa final da COP Mata Atlântica – Hileia Baiana, evento promovido em parceria com a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). A conferência reunirá cientistas, povos tradicionais, movimentos sociais e gestores públicos para discutir o papel estratégico da Mata Atlântica no enfrentamento da crise climática.

As atividades ocorrerão no Auditório Governador Paulo Souto, no Centro de Arte e Cultura da Uesc. O credenciamento tem início às 8 horas, seguido, às 8h30, do Painel Institucional, com autoridades e representantes regionais, e da exibição do vídeo Vozes da Mata Atlântica. A programação prossegue, a partir das 13h30, com duas mesas de debate: Uso da terra e sistemas agroflorestais no Sul da Bahia como estratégias de mitigação da crise climática e Conservação e restauração da Mata Atlântica do Sul da Bahia: uma perspectiva para o futuro.

Após etapas realizadas em Teixeira de Freitas e Porto Seguro, a conferência consolida o Sul e o Extremo Sul da Bahia como polos de articulação para ações climáticas, conservação da biodiversidade e fortalecimento da governança ambiental. O objetivo é conectar iniciativas regionais às discussões globais que ocorrerão durante a COP 30, marcada para novembro, em Belém (PA).

Reconhecida como Hileia Baiana, a porção da Mata Atlântica presente na região abriga uma das maiores concentrações de povos indígenas e comunidades quilombolas do país, além de agricultores familiares, pescadores, marisqueiras e assentados da reforma agrária. A programação será estruturada em três eixos: conhecimento científico e tradicional, políticas públicas e parcerias, resultando na produção de documentos e propostas a serem encaminhados a órgãos competentes.

Para a Uesc e a UFSB, a COP Mata Atlântica – Hileia Baiana representa um marco na mobilização regional em defesa do bioma mais ameaçado do país. A iniciativa une ciência, saberes tradicionais e políticas públicas na construção de soluções conjuntas para os desafios ambientais e sociais, ampliando a visibilidade da Mata Atlântica no cenário nacional e internacional e garantindo que o bioma tenha voz ativa na COP 30. 


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