POR PROF. LÚCIO GUSMÃO: "Gestores públicos não devem tolerar a intolerância".

Gestores públicos não devem tolerar a intolerância

Meus Caros amigos, vivemos dias conturbados e em nossa secular e linda Ilhéus não estamos livres de certos acontecimentos preocupantes, e não podemos esquecer jamais que vivemos em uma sociedade plural e democrática, pelo menos assim devemos pensar e agir de acordo. Nesse sentido percebemos que para termos uma convivência harmoniosa devemos lutar por um dos pilares fundamentais para termos essa harmonia, falo da tolerância entre nós lembrando que nossa cidade foi construída por indivíduos de diferentes origens, crenças, ideologias e culturas, e é isso que nos faz tão especiais não acham?

É nesse contexto que uma gestão municipal deve assumir uma postura firme e intolerante diante de atos e discursos intolerantes, garantindo a proteção dos valores democráticos e dos direitos humanos, valores esses que qualquer cidadão diz que segue e defende, já viram algum candidato dizer algo em contrário em eleições? Algum candidato a ser eleito vereador, por exemplo, faz apologia  a ideias que minam a dignidade ou a justiça social? A resposta é um retumbante Não!

 Um governo municipal que se compromete com o bem-estar de todos os cidadãos não pode permitir que discursos de ódio, discriminação, xenofobia, racismo, sexismo ou qualquer forma de violência simbólica ou física se proliferem em seu território, caso nosso Prefeito Valderico Junior e nossos Vereadores sejam tolerantes de forma ilimitada a esses comportamentos não só estariam legitimando a intolerância, mas também colocando em risco os grupos mais vulneráveis, que são os primeiros a sofrer com a escalada do preconceito e da violência que tanto se propaga no Brasil de hoje.

Portanto, uma gestão municipal que se preze deve adotar uma postura clara e intransigente contra a intolerância, sendo assim, implementar políticas públicas que promovam a educação para a diversidade, o respeito mútuo e que a cultura de paz não fique só nos discursos para recortes em busca de engajamento em redes sociais se faz necessária e urgente. Me atrevo a sugerir que nossos Vereadores que tanto gostam de mídia, exercitem seu papel Constitucional criando mecanismos eficazes de denúncia e combate a práticas discriminatórias, pois temos que acreditar que sendo  agentes públicos estejam preparados para agir de forma rápida e eficiente diante de situações que violem os princípios da convivência democrática, onde estão seus projetos e atuação firme, e não somente midiática, para que nossa sociedade tenha orgulho de ter votado em vossas senhorias?

Amplio tal sugestão para nossos Timoneiros Valderico Junior e Wanessa Gedeon, acreditando ser fundamental, como gestores municipais eleitos que são, que promovam o diálogo e a participação cidadã, criando espaços de escuta e debate onde as diferenças possam ser discutidas de forma construtiva. Nesse ponto quero deixar bem claro que a intolerância à intolerância não significa cercear a liberdade de expressão, mas sim estabelecer limites claros para que essa liberdade não se transforme em instrumento de opressão ou violência já que muitos que apostam na confusão e na desinformação se aproveitam dessa confusão planejada para aumentar a ausência de percepção, de consciência social e cidadania em nosso meio social.

Cabe ao poder público, portanto, agir com firmeza e responsabilidade, garantindo que a diversidade e a dignidade humana sejam preservadas como valores inegociáveis em nossa sociedade, em especial em Nossa Secular e lendária Ilhéus.

"A tolerância ilimitada deve levar ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo àqueles que são intolerantes, se não estivermos preparados para defender uma sociedade tolerante contra o ataque dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos, e a tolerância com eles."

(Karl Popper)

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